Capítulo 239
Olivia permaneceu ali, meio atordoada. De repente, a ficha caiu, A razão pela qual o entrevistador
mencionara que ela tinha experiência de
sobra.
Inicialmente, ela pensou que fosse por conta dos bicos que ela tinha feito: vendedora, faxineira,
operária, garçonete. Imaginou que esses trampinhos é que tinham sido reconhecidos como
experiência.
Foi somente após o toque de Jimena, que ela sacou que o que realmente chamou atenção do
entrevistador foi o dia que ela ralou como secretária do presidente no Grupo Griera.
Ah, é isso.
O Grupo Griera é que é fera mesmo, fama que corria solta.
Apenas ter sido secretária lá por um dia, já valia mais que anos de ralação em outros lugares.
Olivia deu uma risadinha, meio que sem jeito, e falou: “Pois é, acho que dei uma carona na sorte do
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“Você é competente, os outros é que eram tapados demais pra perceber. Eles só te deram um palco
pra mostrar tua capacidade. Depois, vão ficar aliviados por terem te contratado,” incentivou Jimena,
colocando pilha positiva.
“Não é que é,” concordou Olivia. Confiança é o que torna alguém mais belo. Olivia e Jimena brindaram
novamente.
Elas estavam prestes a beber quando uma voz aguda interrompeu: “Ei, não é a Olivia? E a Jimena!
Nossa, são vocês mesmo!”
As duas se viraram e deram de cara com um rosto ao mesmo tempo estranho e familiar.
Uma mulher, com um top tomara que caia justo, saia curtíssima preta, maquiagem pesada, sensual e
provocante. Olivia não reconheceu de imediato quem era. Jimena, surpresa, exclamou: “Clara! É você,
Clara! O que cê tá fazendo aqui?”
Clara, colega de faculdade delas, da mesma turma, mas não do mesmo quarto.
“Tá rolando um encontro dos velhos tempos da faculdade aqui perto. A turma tá quase completa.
Encontrar vocês foi um baita coincidência, bora lá pro meio, sentar com a galera,” chamou Clara,
sugerindo que se juntassem à grande mesa.
O bar tava agitado, com luzes e cores, e a galera reunida na mesa, uns bebendo, outros jogando.
Clara gritou pra chamar atenção: “Galera, vejam só quem eu trouxe!”
“Oi, pessoal, quanto tempo!” cumprimentou Jimena a todos.
Olivia sorriu também e disse: “Oi, gente.”
Entre eles, tinha uma que se destacava pela sensualidade, mais até do que a Clara. Cabelo preto liso
caindo pelos ombros, batom vermelho vinho. Era Marina, que na época da faculdade já era chegada
numa farra.
Ela olhou Olivia de cima a baixo, com um tom de deboche: “Uma pessoa que nem se formou tem
coragem de aparecer numa reunião de ex-alunos?”
A provocação de Marina foi direta e humilhante para Olivia.
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Jimena ficou irritada: “Ei, você…”
Ela tava quase partindo pra cima da Marina.
Mas Olivia segurou o braço dela, Jimena se virou e Olivia fez um gesto pra que ela se acalmasse.
Jimena engoliu a raiva, ficou quietinha.
Marina deu outra olhada em Olivia e soltou: “Com essa roupa de menos de duzentão, se metendo em
bár caro, não se enxerga, não?”
Marina tava pegando pesado com Olivia.
Como uma pessoa tranquila, Olivia se irritou mesmo. Roupa é pra vestir e esquentar, quem disse que
o mais caro é o melhor? Ela se mata pra cuidar de quatro crianças, fazendo o melhor que pode pra
proporcionar uma vida digna pra eles, sem gastar à toa, sem esbanjar. Isso por acaso é motivo pra
vergonha?
Jimena não aguentou e soltou uma risada sarcastica: “Marina, ainda tá chateada só porque naquela
época você também tava a fim do Sergio, mas ele só tinha olhos pra Olivia e nunca te deu bola? Tá
guardando rancor até hoje, é? Que mesquinharia!”
“Falando no diabo, acho que ouvi meu nome,” soou uma voz atrás de Olivia, num tom zombeteiro,
mas suave.