Capitulo 83
“Beleza.” Iria baixou os cilios, o entusiasmo minguando, as pestanas longas encobrindo a desilusão
em seus grandes olhos.
Olivia, surpresa, exclamou: “Mãe, eu já tô de saida para o trabalho, e você me vem com essa de
arranjar encontro às cegas?”
“O lugar vai ser no restaurante pertinho do Grupo Griera. Vai agora, come alguma coisa e depois
segue pro trabalho. Anda logo!”
Teresa pegou a bolsa dela e a empurrou porta afora.
Olivia não teve escolha, a não ser it embora.
Heitor e Joel vottaram pro quarto e fecharam a porta.
Com ar de quem sabia das coisas, Heitor disse para Joel: “A vó tá querendo arranjar um padrasto pra
gente.”
Follow on NovᴇlEnglish.nᴇtJoel fez beicinho: “Mas, eu não quero padrasto nenhum!”
“Mas se a mamãe gostar, a gente tem que respeitar a vontade dela.”
“E se a mamãe não gostar?” Joel estava preocupado com a possibilidade da mãe se sentir mal.
“A gente vai lá e fica de olho, pra ver se a mamãe gosta ou não.” Os olhos de Heitor brilhavam com
uma mistura de sabedoria e inocência.
“É, tá bom.” Joel concordou, balançando a cabeça freneticamente.
Depois do almoço, Heitor e Joel pediram pra Mirella levar eles para brincar fora.
Teresa não concordou e mandou eles brincarem em casa.
Os olhos lindos de Joel logo se encheram de lágrimas, com uma expressão de quem não via a cor do
sol há anos: “Vó, eu quero ir no parque brincar. Faz tanto tempo que não saio, já tô até mofando.”
Teresa não suportava ver Joel chorando; a cara de dó que ele fazia a desarmava completamente.
Ela acabou cedendo, e Mirella saiu com os dois moleques, enquanto ela ficava em casa cuidando das
meninas.
No restaurante ao lado do Grupo Griera.
Olivia chegou ao lugar marcado e lá estava um homem sentado.
O sujeito era meio gordinho, com rosto de forma quadrada, óculos pretos e cabelos quase se caindo
do couro cabeludo.
Parecia ter mais de trinta anos.
Com um sorriso educado, Olivia perguntou: “Com licença, você é o Sr. Lorenzo?”
“Sou eu, e você deve ser a Olivia.” O homem, ao vê–la, teve um brilho a mais por trás das lentes
grossas dos óculos, e sorriu largo: “Você é mais bonita que na foto.”
“Obrigada.” Olivia sentou–se à frente dele.
Ela não estava afim de encontros arranjados, mas a mãe tinha feito tudo às suas costas e ela só podia
comparecer para não deixar ela numa saia justa.
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“Eu sei que você tem quatro filhos, mas não me importo. Estou bem satisfeito com você. Se estiver
tudo bem, posso pegar uma folga à tarde no trabalho e a gente pode ir pegar a certidão de
casamento.” Sr. Lorenzo ajustou os óculos, sugerindo.
Olivia estava bebendo água e quase se engasgou com a proposta dele.
Ainda se recompondo, Sr. Lorenzo continuou: “Mas depois que casarmos, não vou me responsabilizar
pelos seus quatro filhos. Você vai ter que me dar dois moleques saudáveis. Os nossos filhos, eu cuido.
Os seus quatro, você deixa com sua mãe.” •
Olivia engoliu a água presa na garganta e olhou para ele com um sorriso frio, respondendo: “Acho que
o Sr. Lorenzo tá por fora. Você pode até estar satisfeito comigo, mas eu não estou nem um pouco com
você. Não precisa se dar ao trabalho de me aceitar, uma mãe de quatro.” Cada louco com sua mania,
e parece que esse ano tava cheio deles!
Cada figura que me aparece…
Dita isso, ela se levantou pronta para ir embora.
Mas o homem segurou sua mão com força: “Olivia, quem te apresentou disse que você estava de
acordo, não fica fazendo doce. A gente foi feito um pro outro…”